Suellem Mendes
O Brasil é sempre citado como um dos países emergentes mais promissores do mundo, porém, o que o afasta cada vez mais de ser um país economicamente estável, com maior igualdade de rendas e integração social, é o constante desleixo com um dos alicerces básicos do desenvolvimento de qualquer país: a educação.
Desde o ensino básico até o superior, as reclamações são muitas e a falta de estrutura dentro e fora das salas de aula, a escassez de investimentos e professores mal formados são problemas intrínsecos da educação no país, e esse é o maior fator contribuinte para as desigualdades sociais.
Amenizar as diferenças regionais, conseguir subterfúgios para o aumento de vagas, dar preferência ao desenvolvimento tecnológico e à inovação, a necessidade de expansão e atualização da pesquisa e elevação dos padrões de qualidade devem ser o foco principal e a maior preocupação das Instituições de Ensino Superior.
O acesso à universidade é um dos fatores que contribuem para a enxurrada de críticas. É necessário criação de cotas em universidades para que negros, índios e alunos de escolas públicas tenham acesso a algo que lhes é de direito, direito este garantido pela Constituição.
O que ocorre, hoje, nas universidades públicas é que os jovens que teoricamente teriam condições para custear um curso em instituições privadas, e que tiveram uma educação “superior” àqueles que sempre estudaram em escolas públicas, tiram a vaga dos que realmente precisam.
É vergonhoso pensar que para se buscar um futuro melhor através de um curso superior, as pessoas tenham que se submeter à discriminação e ao preconceito, porque a instalação da política de cotas nas universidades é obrigar os menos favorecidos a serem ainda mais marcados por esse preconceito.
Para que a realidade do Ensino Superior mude, é necessária intervenção radical na educação básica, que traga melhores condições aos estudantes que não podem pagar para serem alfabetizados e educados. Com condições iguais de desenvolvimento, não será necessário cotas e outros meios para nos ludibriar. Assim, o Brasil vai para frente. Mas ainda há muito a fazer!
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