sábado, 29 de setembro de 2007

O poeta amado!*

Suellem Mendes

Jorge Amado, baiano arretado, é um dos mais famosos escritores brasileiros de todos os tempos. Em mil novecentos e noventa e quatro recebeu o Prêmio Camões, nobel da língua portuguesa. É o autor com maior número de obras adaptadas para a TV, cinema e teatro. Seus livros foram traduzidos em cinquenta e cinco países, quarenta e nove idiomas, existindo até exemplares em braille e material gravado em áudio para cegos. Como Érico Veríssimo e Rachel de Queiroz, é representante do modernismo regionalista. Jorge Amado foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em mil novecentos e sessenta e um. Algumas de suas obras mais famosas são: Capitães de Areia, Gabriela Cravo e Canela, Dona Flor e seus Dois Maridos, Tieta do Agreste e Tocaia Grande. Na primeira fase de suas obras escreveu injustiças sociais usando conteúdo político. na segunda fase, marcada pela publicação de Gabriela Cravo e Canela, descreveu seu povo e sua terra – comidas, costumes, o candomblé, do qual era adepto, os terreiros e a capoeira. Aos oitenta e quatro anos resumindo sua trajetória disse: “A vida me deu mais do que pedi e mereci. Não me falta nada. Tenho zélia e isso me basta”. Por tudo isso, é um autor que merece ser lido!

* Texto que escrevi para o programa de rádio da faculdade - Livro Aberto (programete semanal de Literatura)

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Casa Vazia e dinheiro no bolso

A falta de compromisso de nossos parlamentares tem chocado a sociedade brasileira. E a recente constatação da ausência da maioria dos deputados durante o expediente no plenário tem nos deixado ainda mais indignados. Além de serem pagos pelo bolso do cidadão brasileiro, as baixas freqüências tem causado vários problemas que se refletem diretamente na sociedade.
São requerimentos acumulados, projetos de lei que ficam engavetados e projetos polêmicos votados sem a devida discussão pelos poucos presentes. Mas o pior é que, intimidados com a presença da mídia, eles tentam nos ludibriar com desculpas esfarrapadas e álibis como formaturas, velórios, gripes, etc. Essas faltas acontecem nas sessões ordinárias que são previstas em seus salários, mas nas sessões extraordinárias, para as quais recebem gratificação extra, o plenário transborda. Afinal, o dinheiro “extra” é sempre bem vindo.
Como se não bastasse, esse comportamento é incentivado também pelo Regimento Interno, que prevê abono de falta em plenário para cada presença em comissão. É uma falta de respeito a qualquer servidor, seja ele de instituições públicas ou privadas. Saber que apesar das faltas, os parlamentares continuam recebendo normalmente, enquanto ele tem as suas descontadas no final do mês é motivo de revolta.
A maior indignação do povo brasileiro é saber que não tem a quem recorrer, uma vez que a Assembléia, órgão que deveria ser o fiscalizador, deixa a desejar. Mas nem tudo está perdido, já que alguns deputados são assíduos e cobram dos demais. Uma das soluções seria passar a descontar de cada um, as idas às formaturas, casamentos e velórios. Pois deveriam estar no plenário fazendo o que são pagos para fazer: representar os interesses do cidadão brasileiro.

Suellem Mendes e Pâmella Souza