domingo, 24 de julho de 2011

Faz sentido não fazer sentido...

Era domingo e ela saiu de casa como todos os outros dias daquela semana. A diferença foi o horário. Os cabelos, recém-lavados, iam secando ao sabor do vento, que lhe açoitava o corpo, forte e indomável. Perdida em seus pensamentos, ela foi caminhando. A música que lhe saia pelos fones de ouvido era sua única companheira enquanto se movia pela rua deserta.

Não tardou a se entregar aos devaneios, tão comuns à sua personalidade. Mais uma vez ela se imaginou nos braços daquele rapaz a quem tanto ansiava pela companhia. Os sentimentos por ele foram crescendo com o tempo, apesar de ter sempre tido a consciência de que se aproximasse demais dele, isso certamente aconteceria.

Distraída, ela esbarra em alguém. E tudo que ela carregava se espalhou pelo chão. Automaticamente ela se abaixa para apanhar suas coisas e, ao olhar para o motivo daquela bagunça, se depara com o par de olhos mais profundos que já viu na vida.

E, de repente, o mundo fez sentido!

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